Em
Bruxelas os estudos versaram sobre a vida de Francisco de Assis, no NEECAFLA,
onde o público presente pode refletir sobre o verdadeiro sentido da
religiosidade dos tempos atuais. Wellerson relembrou o nascimento de Francisco,
no século XII, no seio de uma família rica de Assis, a sua juventude, envolta
pelas cantorias e alaúdes, o trabalho junto à loja de tecidos do pai, que
ansiava enriquecer cada vez mais, até o encontro do jovem com um mendigo, às
portas da loja de tecidos, desencadeando em Francisco uma melancolia profunda. A
partir dessa melancolia, Francisco começou a despertar a lucidez dentro de si,
percebendo o Mundo a sua volta e todo o equívoco que estava sendo construído a
partir da leitura equivocada do Evangelho de Jesus: os templos faustosos, o
esquecimento dos mais necessitados, os preconceitos religiosos, as Cruzadas, a
Inquisição, as guerras religiosas.
Ao
abandonar a Guerra e voltar a Assis, Francisco ouviu uma voz que disse: “Francisco,
reconstrua a minha Igreja, ela está em ruínas”. A compreensão literal foi o
primeiro movimento. Francisco entendeu que a Igreja a ser reerguida seria a
Capelinha de São Damião, mas após haver reconstruído a Capelinha e obtido
autorização do Papa reinante para abrir a Ordem dos Franciscanos, os exemplos
do pobrezinho de Assis de verdadeiro cristão é que deixaram um legado de
lucidez e de esperança para que a vivência religiosa exterior, pudesse,
paulatinamente, dar lugar à descoberta racional da vida imortal e da mensagem
de respeito, de fraternidade universal e de amor pela natureza e pelo Mundo.
Um
dia Frei Leão perguntou à Francisco, enquanto podava rosas: “Pai Francisco, se
soubesses que irias morrer hoje, o que farias?” “Eu continuaria a podar rosas”
– era o ensino de Francisco demonstrando que aquele que possui a consciência
tranquila e o dever cumprido não necessita temer a morte, porque é “morrendo
que vivemos para a vida eterna”. Em clima de muita paz e emoção, os trabalhos
foram encerrados com um delicioso lanche.
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