Palestra: Muitos são os Chamados

Palestra: Muitos são os Chamados
Data: 25/01/09

Local: Fraternidade Espírita Irmão Glacus
Orador: Wellerson Santos



CD: André - O Apóstolo da alegria



Neste CD, o orador e médium espírita, Wellerson Santos apresenta-nos a vida e obra do Apóstolo da alegria – André.
Baseado em dados históricos e nas informações trazidas pelo Mundo Espiritual por fontes fidedignas, realiza uma viagem desde o nascimento, juventude, chamamento e morte do apóstolo. André, o pescador de peixes, se transformou em pescador de homens, conforme previra Jesus.
De forma eloqüente e comovedora, seguimos a história revivendo estes fatos marcantes que legam-nos profundos esclarecimentos.
Sua vida é baluarte de luz, exemplo de dignificação, amor e dedicação.
Vale a pena conferir!

Para adquirí-lo entre em contato com:
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Belo Horizonte - MG
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Entrevista Inédita: Oswaldo Hely Moreira


Amor: Essência da Vida


Durante o IV Congresso Espírita Mineiro, em uma bela e esclarecedora conferência, Oswaldo Hely Moreira abordou o tema: Amor – Essência da Vida. O cardiologista mineiro associou o desenvolvimento físico do homem, desde a pré-história até os dias atuais, com a sua capacidade de entender e praticar o amor incondicional, durante a encarnação e na esfera espiritual. “Amor é o alimento das almas” - resume ele.

Oswaldo Hely teve a oportunidade de nascer em um lar espírita, no barracão onde mais tarde seria fundado o Grupo Espírita Emmanuel. Atualmente ele é membro da Associação Médico Espírita de Minas Gerais (AMEMG), que por sua vez está vinculada à Associação Médico Espírita do Brasil. “A nossa casa tem um foco específico que foi uma solicitação feita pelo Espírito Dr. Bezerra de Menezes para que assumíssemos ou tentássemos assumir o aspecto científico da Doutrina Espírita, no seu tríplice aspecto. Desta forma, tentamos vincular os nossos estudos, os nossos trabalhos, dentro do enfoque médico espírita: Saúde e Espiritismo”. – disse Oswaldo.

Carinhosamente ele nos atendeu respondendo aos nossos questionamentos. O resultado da referida entrevista é o material que ora publicamos para que nosso leitor possa adquirir conhecimentos esclarecedores.


Wellerson Santos (Wellerson): O amor universal tem sua fonte no seio da Divindade assim como outros sentimentos. No entanto, devido a nossa condição evolutiva, o amor ainda é um sentimento pouco compreendido e vivido pelas criaturas. O que devemos fazer para entendê-lo e vivenciá-lo de forma plena e correta?

Oswaldo Hely Moreira (Oswaldo): Talvez por incompetência minha eu pudesse usar da competência de alguém, porque foi o Espírito de Verdade que falou: Amai-vos e Instruí-vos. Temos estes dois campos da evolução: o campo da razão e o campo do sentimento. Precisamos nos dedicar a crescer nestas duas áreas. E como podemos nos dedicar? Da mesma forma que paramos nosso horário de trabalho para almoçar, jantar, da mesma forma que programamos uma viagem de férias, deveríamos ter uma programação dentro do nosso horário para pensar e para analisar a nossa relação conosco mesmo, com o nosso semelhante e para com Deus. Devemos usar os recursos de literatura que possuímos, os recursos de informação mediúnica que são trilhas que devemos pensar em seguir, porque todas vão levar a este ponto final. A minha opinião é que acabamos tendo um grande material para estudar, alguns até lendo muito, mas sem a determinação da aplicabilidade. Tem momentos que deixamos o livro ou saímos da Casa Espírita e voltando ao feijão com arroz, não conseguimos dominar o homem velho, porque não investimos no homem novo. Tenho a impressão que o trabalho de auto educação é o trabalho que estamos precisando investir, pois isto será de fundamental importância no mundo de regeneração. Acredito que muitos de nós, que somos espíritas já não estamos fazendo o mal ao nosso semelhante, mas, sem dúvida alguma, seremos cobrados pelo bem que estamos deixando de fazer. Para que tenhamos este foco, temos que entender a sua fala: o que é este tal de amor, como ele é e como de ser aplicado, o que eu tenho de fazer para trabalhar com ele em mim?


Wellerson: Ao longo da história a família tem passado por diversos percalços e dificuldades. A célula mater da sociedade está segundo alguns especialistas do assunto dissolvendo-se. O que fazer para modificarmos esta situação?

Oswaldo: Dissolvendo-se é uma fala que eu chamo de pessimista, porque somos dirigidos por Deus que tem muito mais capacidade do controle da situação do que imaginamos. O que estamos passando é por uma fase de provas e expiações, tendo famílias que estão passando dificuldades sociais, econômicas, de relacionamento, são famílias formadas por adversários, são núcleos difíceis de sobreviver. E isto é bom? Não é. Mas não está fora dos ditames divinos. Ele sabia que aconteceria isto. E no momento em que é preciso de uma definição de valores verdadeiros estas situações têm que acontecer. Quem vai para o mundo de regeneração são aqueles que Jesus definiu como sendo os mansos: ‘Bem aventurados os mansos porque eles herdarão a Terra’. Estamos no aprendizado da mansidão: dentro do lar, dentro do trabalho. Eu não vejo a situação com este pessimismo e penso que a globalização da informação tem trazido muitas coisas que precisamos filtrar, canalizar, porque muitas delas são coisas negativas que não mostram o grande número de famílias que estão estruturadas, que estão caminhando para frente. Nesse jogo que estamos fazendo conosco mesmo, se nossa família não vai bem, talvez uma forma de aplicabilidade desse amor, seja justamente envolvermos ainda mais com aquelas pessoas que não estamos bem através de bons pensamentos e em oração, e estaremos exercitando o objetivo de reencarnarmos preenchendo os objetivos ditados por Jesus para que nos tornemos uma família universal. Estaremos com a nossa família bem posicionada, envolvendo com a nossa mente, no nosso culto no lar, estas que estão passando por dificuldades. Se verificarmos a fala do mentor Emmanuel sobre as expectativas e as dificuldades que cada um teria na sua trajetória encarnatória e evolutiva, veríamos que ele disse que no início o homem teve que lutar contras as intempéries da natureza, para auto preservação e auto amor, mas depois o homem teve que lutar contra o seu vizinho, no exercício do amor solidariedade, fraternidade e convivência. Agora o homem vai lutar consigo mesmo para adaptar-se a lei de Deus, para conseguir frear o homem velho que tem dentro dele e estas são as chances. Ao invés de mostrar algumas famílias em degradação o que eu posso fazer para que isso não se repita? A minha opinião precisa ser discutida, tem que ser analisada, mas é o que não penso, é o que sinto dentro de mim.


Wellerson: Casais apontam que um dos meios para que a família mantenha-se unida é o de ter uma vida sexual ativa. O senhor concorda com esta afirmativa? Como diferenciar estes dois tônus: amor e sexo?

Oswaldo: Penso que esta questão poderia ser vista e aplicada a cada momento evolutivo do ser. A sexualidade vai desde a genitalidade até a pura troca energética entre dois seres, um ativo e outro passivo, e depois uma troca energética entre todos os seres. Dependendo do momento evolutivo do ser a sexualidade pode ser muito importante referindo agora a sua pergunta. Porém, vai haver uma tendência de se buscar a monogamia, porque isto já é uma conquista do ser e aqueles que já são monogâmicos encontram na companheira, no companheiro, que são parceiros, um bem estar além daquele que ele sente pela genitalidade, pelo orgasmo. Porque este é um dos grandes objetivos do sexo que é uma das expressões do amor. O sexo é o amor em crescimento durante um tempo. Um dia vamos deixar de ser genitália e vamos deixar de ser no momento em que conseguirmos nos alimentar uns dos outros. Naturalmente o sexo é o caminho para isto, mas para muitos a sexualidade ainda é importante e não pode e nem deve ser vista como um pecado. Porque não existe o pecado, existem desequilíbrios em seres que estão em aprendizado. Não podemos esquecer que somos heranças de nós mesmos e que no passado fomos poligâmicos. No passado matamos para ter sexo, no passado fizemos os outros sofrerem para vivermos relações sexuais e estamos lutando contra esse homem velho. È natural, portanto, que isto esteja acontecendo. Alguns já não precisam mais, outros precisam de vez em quando, outros precisam muito. Mas todos irão chegar no mesmo ponto.


Wellerson: Ao estudarmos o Evangelho notamos que a proposta de amor que Jesus vem nos trazer está em um processo mais avançado do que aquela proposta trazida por Moisés. Demonstração disso se verifica, quando Moisés diz amarás teu amigo, odiarás teu inimigo. Ao passo que Jesus diz amarás ao teu inimigo. A forma de amar e a maneira de agir deve ser a mesma tanto com os amigos quanto com os inimigos?

Oswaldo: Jesus nos disse que nos manda como ovelhas em meio de lobos, e mais a frente também diz que devemos ser mansos, mas também sagazes. Em momento algum Ele via adversários diante de si, mas via nitidamente níveis de compreensão diferentes. A relação entre uma inimizade grande até um amor sincero vai ter trâmites, vai ter momentos de crescimento de uma característica boa em redução da característica de hostilidade. Isto vai ser muito variável de relacionamento para relacionamento. O que nós teríamos que talvez estudar para poder entender é o foco: conseguir amar o inimigo, porque na verdade o dia que conseguirmos isto, ele deixará de ser inimigo, porque não o veremos assim. Devemos ter este foco e ter o bom senso de saber primeiramente se somos nós que estamos errados e o outro é que está lesado com a nossa atitude, e neste caso ele vai ter dificuldade para nos aceitar. E em segundo momento se ele é quem foi o errado, e nós que vamos precisar fazer a nossa parte. Porque não importa que ele aceite o nosso perdão, não importa que ele não aceite a nossa mão estendida, porque se conseguirmos dentro do nosso íntimo que não haja mais esta hostilidade para com ele a nossa caminhada evolutiva continuará e ele ficará. Se ele não estiver entendendo ficará a conviver com outros que estejam no mesmo nível dele para que possa aprender dentro da lei de ação e reação. Em resumo: quem é que errou? Se fomos nós que erramos, prejudicamos, temos que perceber que o outro está numa situação até certo ponto compreensível porque é nossa obrigação “pagar o que devemos”, repor as energias que usurpamos. Se ele que foi o errado, vamos trabalhar dentro de nós e entender que ele está em seu momento evolutivo. Caminharmos pedindo a Deus, como Jesus ensinou: orando por seus inimigos para que eles sigam, para que eles também possam ter na suas vivências encarnatórias ou na Espiritualidade um momento para se despertar e também aprender a perdoar. É uma caminhada que temos que aprender a trilhar. Porque se sairmos por aí, abraçando todo mundo, vamos ter decepções, porque o que se entende por justiça é variável de acordo com o entendimento de cada um. A justiça divina é uma justiça de misericórdia, a justiça que nós vivemos hoje ainda é a justiça do olho por olho. Temos que refazer a nossa parte e não nos ocupar se o outro está nos aceitando ou não. Se a nossa consciência estiver tranqüila, estamos indo em frente.


Wellerson: Qual é a mensagem que o senhor deixa para os leitores do nosso blog?

Oswaldo: Nesta fase que o mundo está nestas mudanças grandes, em que todas as pessoas estão se sentindo pressionadas, apressadas e inseguras, e eu posso falar isso porque eu sou médico e no meu consultório eu vejo o que está acontecendo, o que Jesus nos deixa, são duas frases: ‘Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos que eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve’. Com isto, vamos entender que temos um fardo para carregar, mas que este fardo é bom de carregar, porque ele não é a mala que vai ser empecilho para que não entremos na porta estreita. É esta a minha mensagem.


Wellerson Santos


(Entrevista inédita realizada por ocasião do IV Congresso Espírita Mineiro - Foto: Edson Flávio)





Cântico da Criação

Cântico da Criação

Como o pintor coloca as cores na tela branca, fazendo a sua criação; como o escultor trabalha a pedra bruta, talhando-a para criar; como o compositor, trabalhando as notas musicais, compõe as melodias que falam a nossa alma, assim também o Engenheiro Cósmico, Jesus de Nazaré, trabalhou incessantemente na criação do planeta.
Auxiliado por engenheiros siderais, trabalhou e trabalhou, fazendo de que uma nebulosa estelar surgisse o Sistema Solar, e, conseqüentemente, o Planeta Azul.
Com Suas mãos dadivosas talhou as árvores nas florestas com seus troncos imensos, como arranha céus, em busca da luz. Desenhou as flores alvinitentes, pintando-as em multicores. Aos animais, distribuiu funções intransferíveis, dando a cada espécie o seu atributo. Ao céu deu o colorido azulíneo e na noite, a escuridão, a fim de que a lua pudesse brilhar, bordando-a de estrelas. O astro rei apareceria para aquecer e iluminar. Depois de criado a esplendorosa e exuberante Natureza, surge o ser, no caminhar dos milênios, tornando-se o auge da criação. O ser humano – máquina perfeita – é o engenho dos mais notáveis de toda a criação. Com perfeição absoluta, todos os órgãos funcionam em total harmonia e trabalham incessantemente, pois que, se param, a vida física deixa de existir.
Jesus é o Sábio dos sábios, o Mestre dos mestres. A Ele rendemos graças, glorificamos em toda a Sua glória, para que se reconheça o Ser maravilhoso e digno que É. O condutor desse rebanho até o Divino Pastor que é o Nosso Pai.
Que o Mestre de Sabedoria e Amor nos abençoe e fortaleça!
Mirra Alfassa
(Mensagem psicografada pelo médium e orador espírita Wellerson Santos na noite do dia 01 de julho de 2009).

Palestra: Fé e Caridade

Tema: Fé e Caridade
Data: 11/05/09
Local: Fraternidade Espírita Irmão Glacus
Orador: Wellerson Santos

Autodescobrimento - Uma Busca Interior



Autodescobrimento – Uma Busca Interior
Divaldo Pereira Franco
Espírito: Joanna de Ângelis

O livro Autodescobrimento – Uma Busca Interior é o sexto livro da Série Psicológica do Espírito Joanna de Ângelis através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco. Esta obra é mais um ensaio de Psicologia Espírita, onde a Instrutora Espiritual analisa o ser real, os conflitos, o inconsciente e o subconsciente, a viagem interior, os transtornos comportamentais, o pânico, a amargura, a conquista de si, facultando que cada um descubra seus limites reais e verdadeiras aspirações.
De forma muito sábia, a Veneranda Mentora mostra-nos que antes de psiquiatras e psicólogos humanistas e transpessoais, como Elisabeth Kubler Ross, Raymoond Moody Júnior, Maslow, Viktor Frankl, Coleman e outros apresentarem as suas teses, a psicologia espírita demonstrou que, sem uma visão espiritual da existência física, a própria vida permaneceria sem sentido ou significado.
A transformação interior torna-se inadiável. Allan Kardec, o preclaro codificador do Espiritismo, percebendo essa necessidade da viagem da criatura humana para dentro de si mesma, interrogou aos Benfeitores Espirituais, conforme consta na questão 919 de O Livro dos Espíritos, qual o meio prático para ser feliz neste mundo e libertar-se das más inclinações? E eles redargüiram: ‘Um sábio da antiguidade já vo-lo disse: conhece-te a ti mesmo’.
Esta assertiva que durante largo período foi atribuída a Sócrates, e muitos ainda o acham, em realidade não é de sua autoria. Na história da filosofia conta-se que o eminente pensador, Sócrates, estava em determinada oportunidade no Santuário de Delfos e adentrando-se no Templo do Deus Apolo foi surpreendido por uma frase extraordinária que se encontra no pórtico, na entrada do Templo: Conhece-te a ti mesmo.
Aquela frase que viera da Grécia, dos filósofos pré-socráticos era um grande desafio. Porque é muito fácil conhecermos os outros, mas é muito difícil autoconhecermo-nos. É muito fácil convencer os outros, conquistar espaços e distâncias, mas é uma verdadeira saga o autoconhecimento, a autodisciplina, a vitória sobre as próprias imperfeições.
E foi exatamente esta resposta que deram os espíritos a Allan Kardec, seguida de um comentário feito por Santo Agostinho: ‘Fazei como eu. Quando eu estava na Terra no momento que eu procurava o repouso e ia meditar, fazia o exame de minha consciência, e quando a minha consciência acusa-me de algum delito, de algo equivocado que eu havia praticado no dia seguinte eu procurava reabilitar-me. E quando eu estava certo, quando agia com equilíbrio, prosseguia’.
Portanto, percebemos que a Doutrina Espírita apresenta-nos a chave admirável para a equação dos nossos problemas: o autodescobrimento, a viagem corajosa de se conhecer, de enxergar não apenas as nossas qualidades, mas também as nossas imperfeições.
“Ao apresentarmos o nosso livro aos interessados na decifração de si mesmos, tentamos colocar pontes entre os mecanismos de si mesmos, tentamos colocar pontes entre os mecanismos das psicologias humanista e transpessoal com a Doutrina Espírita, que as ilumina e completa, assim cooperando de alguma forma com aqueles que se empenham na busca interior, no autodescobrimento” – diz Joanna, no prefácio da obra.
Desejamos que o caro leitor, com este pequeno preâmbulo, interesse-se e leia na íntegra o Autodescobrimento – Uma Busca Interior, que nos envolve em profundo conhecimento acerca do Ser Integral.
Wellerson Santos


(Artigo publicado pelo jornal Evangelho e Ação – Órgão de Divulgação da Fraternidade Espírita Irmão Glacus).