Sessões Mediúnicas



Allan Kardec, o ínclito Codificador da Doutrina Espírita, classifica em três tipos as sessões mediúnicas: reuniões frívolas, reuniões de experimentação e reuniões de estudo.
As reuniões frívolas são aquelas que as criaturas se reúnem sem nenhum comprometimento.
As reuniões de experimentação são aquelas que hoje denominamos reuniões de educação mediúnica, onde os médiuns buscam educar e trabalhar conscientemente junto ao Evangelho de Jesus – o médium de Deus.
As reuniões de estudo, aquelas de cunho doutrinário, são as chamadas reuniões de desobsessão e aquelas outras em que buscamos conviver com o Mais Alto, na confraternização dos dois Planos da Vida.
É necessário que sempre busquemos avaliar qual é o direcionamento que estamos dando às nossas sessões mediúnicas para que não nos percamos em nós mesmos, enveredando pela curiosidade e perdendo os valores da mediunidade que é o puro intercâmbio com o Mais Alto, buscando o auxílio de encarnados e desencarnados.
Convém recordar a assertiva do benfeitor Emmanuel ao seu tutelado à beira do açude em Pedro Leopoldo.
– Queres trabalhar com Jesus?
– Sim, eu desejo.
– É necessário três pontos básicos para o serviço.
– Qual é o primeiro?
– Disciplina.
– E o segundo?
– Disciplina.
– E o terceiro?
– Disciplina.
Tenhamos disciplina acima de tudo, responsabilidade no nosso serviço com Jesus.
Recordemo-nos que qualidade nunca foi sinônimo de quantidade.
Elevemos os nossos corações à Divindade a fim de que vertam do Mais Além em nosso favor as benesses e o entendimento para o nosso trabalho com Jesus.
A mediunidade deve ser acima de tudo exercida com Jesus e Kardec não nós esquecendo do código seguro que possuímos dentro da nossa Codificação – O Livro dos Médiuns – que neste ano completa o seu Sesquicentenário.
Busquemos, queridos meus, o estudo seguro, o comprometimento com o trabalho, para que as nossas sessões mediúnicas estejam sempre pautadas na terceira classificação de Kardec, as sessões mediúnicas de estudo, reuniões sérias e comprometidas com o trabalho cristão e espírita.
Recebam o abraço carinhoso do companheiro de lides espiritistas,

Martins Peralva


(Mensagem recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos no dia 27 de março de 2011 por ocasião da Reunião de Confraternização da Reunião Mediúnica do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla).

Entrevista: Evangelização Infantil

Solicitamos ao orador e médium Wellerson Santos que respondesse algumas perguntas acerca do tema “Literatura e Contação de Histórias”. Apresentamos abaixo sua valiosa contribuição:



1) Qual é a importância da contação de história?



A história sempre foi um recurso didático utilizado no transcorrer dos tempos para que as criaturas pudessem fixar o ensinamento e a mensagem/lição. Esopo foi o grande contador de histórias da Antiguidade, mas é em Jesus que encontramos o ápice, sendo o pedagogo por excelência. Suas narrativas ficaram gravadas nas páginas do Evangelho e suas histórias/parábolas são inesquecíveis. A história marca a criatura principalmente quando traz elementos que são do cotidiano, situações marcantes, fatos inusitados, experiências novas. No que tange à Evangelização Infantil não podemos nos esquecer desse recurso. A criança fixa o seu entendimento pela história que é narrada. O evangelizador deve buscar elucidar o tema proposto por meio de narrativas que tragam a criança para a boa compreensão do trabalho a ser desenvolvido. É importante lembrar que a história é a exemplificação da teoria. Mostra que a teoria do ensinamento pode ser colocada em prática. É a função dos romances na literatura espírita, a prática dos ensinamentos contidas na Codificação Kardequiana.



2) O que considerar quando vamos selecionar uma história para contar?



A realidade do público ouvinte. Não adianta contar uma história com elementos que o público não é capaz de entender ou viajar com ela. Se estamos falando para um público carente não adianta contar histórias falando acerca de países distantes, pompa e circunstâncias, nomes estrangeiros, vida de luxo, e outros. Não vai atender ao público e a narrativa ficará desinteressante. Adequar a história ao público. Se são crianças, contar de modo infantil, se são adultos e é uma história infantil, contar de forma mais jovial, sem infantilidade. Prestar muita atenção no objetivo com que se vai contar aquela história para que atenda aos interesses coletivos. Evitar histórias trágicas e melodramáticas se não estiverem no contexto do tema proposto. Para crianças o ideal são histórias mais leves com fundamento moral e doutrinário.



3) Qual a preparação e os cuidados necessários antes, durante e depois da contação de uma história?



A preparação:

Depois de escolhida a história ler e reler diversas vezes para memorizar. A história deve ser sempre narrada e não lida. Histórias lidas perdem o interesse. Mesmo quando a pessoa lê e dramatiza tem momentos que se perde um pouco a emoção. O ideal que o contador saiba de cor. Tenha tópicos se desejar, lembretes que marcam, mas sem ser uma leitura corrente.



Cuidados necessários:

Para crianças utilizar recurso visual aliado à contação de histórias. Como somos espíritas dar prioridade às histórias espíritas. Nada impede que seja contada uma história que não seja espírita e a traga para o contexto, mas se houver duas histórias, uma não evangélica-espírita e a outra doutrinária, fiquemos com a doutrinária sempre. Utilizar-se de outras somente quando não tiver os recursos dentro do Evangelho e da Doutrina Espírita. Ou quando já houver contado a história para aquele público. É muito importante que o contador de histórias preste atenção para não repetir a mesma história para o mesmo público. Causa desinteresse. Principalmente nas crianças, nas aulas de evangelização.



Depois da contação:

É importante que o contador de histórias depois de haver contado faça uma auto análise para ver se atingiu os seus objetivos. O próprio público oferece o feed back. Percebe-se pela expressão do público se estão gostando ou gostaram da apresentação. Se for uma aula interativa, um curso, uma palestra com participação, o contador pode procurar escutar os seus ouvintes/alunos para ter um retorno do trabalho.



Não é preciso ser perfeito, somente se esforçar para fazer o melhor possível para transmitir a mensagem da história e perseverar na tarefa da evangelização, tendo perseverança e boa vontade.



Entrevistadora: Mayla Santos

Homenagem: José de Alencar

José Alencar Gomes da Silva

Vice-Presidente da República

“Ao se comemorar o Centenário de seu nascimento, tudo que se diga e agregue a respeito de Chico Xavier é muito pouco diante do seu grande exemplo de fraternidade e da postura eminentemente cristã em favor dos mais humildes, dos aflitos e carentes de solidariedade.”

Minha primeira palavra é de agradecimento profundo, com humildade – eu tenho pedido muito a Deus para que me dê humildade – porque, também, humildade era a marca de Chico Xavier. Chico Xavier era a própria humildade, daí a razão pela qual ele alcançou toda essa grandeza nacional.

Há uma palavra de Cervantes que diz assim: “A humildade é a mais importante de todas as virtudes e tão importante que, sem ela, não há virtude que o seja”.

Repito, eu não poderia deixar de trazer aqui esta mensagem para dizer que eu, como cidadão brasileiro, também de Minas Gerais, acompanhei sempre, ainda que à distância, o trabalho admirável realizado por Chico Xavier.

Hoje, nós estamos aqui comemorando o seu Centenário. Conversando ontem com o Presidente Lula, ele me pediu para que trouxesse o seu abraço a todos vocês e disse que, também, participa, de coração desta homenagem que o Brasil presta hoje a Chico Xavier.

Serão breves as minhas palavras. Desejo apenas expressar a minha grande satisfação pelo honroso convite da Federação Espírita Brasileira para participar desta sessão inaugural do III Congresso Espírita Brasileiro, que reúne compatriotas de vários Estados e que tem como ponto principal homenagear a memória do ilustre mineiro Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, no Centenário de seu nascimento.

Congratulo-me com a FEB por sua iniciativa e pela realização desse magno evento, cuja referência atemporal há de se perpetuar em nossa memória com o lançamento do selo comemorativo pelos Correios e da moeda alusiva à efeméride pela Casa da Moeda do Brasil.

Como mineiro, como cristão, considero esta uma ocasião realmente excepcional, quando, durante três dias, sob vários aspectos, proceder-se-á ao estudo da vida e da obra desse notável homem de Minas, indicado ao Prêmio Nobel da Paz, em 1981, e eleito o Mineiro do Século XX em pesquisa pública no ano 2000. Seu caráter inconfundível, pautado pela humildade e pela simplicidade, serve de referência à ética para muitos e muitos anos.

Ao se comemorar o Centenário de seu nascimento, tudo que se diga e agregue a respeito de Chico Xavier é muito pouco diante do seu grande exemplo de fraternidade e da postura eminentemente cristã em favor dos mais humildes, dos aflitos e carentes de solidariedade. Sua existência entre nós, ao longo de 92 anos, insere-se com letras maiúsculas no Panteão Universal, em que já se encontram os trabalhos e os nomes de tantos homens notáveis, que fizeram de suas vidas verdadeiros exemplos evangélicos de abnegação e de altruísmo.

Na mensagem que enviei à Câmara de Deputados desta semana, ao ensejo da sessão solene aqui realizada no dia 13 de abril, do ano corrente, com o propósito de homenagear o ilustre brasileiro, nascido em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, tentei expressar os mesmos sentimentos elevados que norteiam este Congresso. Naquela oportunidade, registrei o exemplo admirável de Chico Xavier, não apenas pela propagação dos ensinamentos de cunho espiritual e doutrinário, como, também, pela sua conduta humana, impoluta e fraterna, dedicada, sobretudo, ao amparo material e moral de tanta gente.

O verdadeiro apostolado de Amor protagonizado por Chico Xavier, que, como poucos, soube aliar a pregação religiosa à vida prática, certamente, é inspiração para enfrentarmos os desafios e as vicissitudes do momento presente, colaborando para a construção de melhores dias para nós e para as futuras gerações.

Sua vida e sua obra orientam os trabalhos deste III Congresso Espírita Brasileiro, mas, além disso, inspiram, nas mais diferentes estâncias da Sociedade, todos os homens e mulheres de boa vontade, comprometidos com o Amor ao próximo, com a diminuição progressiva das desigualdades sociais, com a construção de um Mundo melhor, mais fraterno, mais justo e com o bem comum.

Congratulo-me com os realizadores, organizadores e participantes deste Congresso.

Meus votos são pelo justo e merecido êxito sob as bênçãos de Deus.

Muito obrigado!


(Discurso realizado pelo Vice Presidente da República – José de Alencar por ocasião do III Congresso Espírita Brasileiro realizado em Brasília/2010)

Depoimento: Angélica da Costa Maia




Angélica da Costa Maia
Oradora Espírita e Secretária de Comunicação Social do Centro Espírita Augusto Silva – Lavras/ MG


“Eu não quero correr o risco de reduzir o Chico a alguma
emoção minha. Eu quero, agora, esquecer de mim
e ver o Chico como um ser pleno e permanente
na vida de todos nós”.

Wellerson Santos (Wellerson): Os meios de comunicação em massa têm divulgado com ênfase os postulados espiritualistas, abordando, em muitos casos, temas do Espiritismo, mas sem nenhum compromisso com Kardec. Quais são as vantagens e desvantagens de uma divulgação como essa que vem ocorrendo?
Angélica da Costa Maia (Angélica):
Nós podemos ser solidários à toda e qualquer iniciativa que visa a crescimento do ser espiritual. Se há o entendimento do bem, se há um apelo a um progresso unindo razão e coração, nós temos que estimular essas iniciativas.
É claro que não podemos nos esquecer do nosso comprometimento maior que é a divulgação do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, mas devemos ser solidários e estimuladores de todos os traços que visem ao bem comum. Isso, também, é nosso dever.

Wellerson: Na sua opinião, qual é a frase que define Chico Xavier?
Angélica:
Plenitude.

Wellerson: Nesses 92 anos de existência de Chico Xavier, qual é o episódio da vida dele que mais marcou a sua vida?
Angélica:
Eu penso que é um conjunto. Eu não consigo ver o Chico Xavier fragmentado. O Chico é um ser que tem um caráter tão permanente nos propósitos superiores que eu acredito que o meu coração sempre se envolveu em todos os episódios da sua vida, todos os que eu tive a oportunidade de conhecer pela leitura de suas biografias, porque eu não tive a alegria de conhecê-lo no corpo físico. Mas a vibração dele envolve a minha vida, de tal forma que eu vejo o Chico como um ser pleno, total, e não quero fragmentá-lo, aqui ou acolá.
Eu não quero correr o risco de reduzir o Chico a alguma emoção minha. Eu quero, agora, esquecer de mim e ver o Chico como um ser pleno e permanente na vida de todos nós.

Entrevista Inédita: André Trigueiro



André Trigueiro
Orador e Escritor Espírita

Wellerson Santos (Wellerson): Segundo os estudiosos, os problemas que temos enfrentado, como o efeito estufa, o aquecimento global e o escasseamento de água, por exemplo, tendem a piorar, se continuarmos com as mesmas atitudes que temos tomado até o momento. Nesta etapa evolutiva da Terra, quando saímos de um Mundo de Provas e Expiações e passamos para um Mundo de Regeneração, como isso se dá em relação aos aspectos ecológicos? Como podemos entender esse processo, analisando aquilo que os estudiosos trazem e o que a Espiritualidade nos informa, sendo o Mundo de Regeneração um Mundo de Paz, de transformação interior?

André Trigueiro (André): É importante não confundirmos Mundo de Regeneração no seu sentido mais elevado, ética e moralmente, com um processo inerente aos ecossistemas do Planeta, às leis que regem a vida na Terra, a esse software inteligente chamado natureza, que independe da evolução moral daqueles que merecerem reencarnar aqui.
Em bom português o que estou querendo dizer é o seguinte: se prestarmos atenção ao que disse Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ao descrever as diferentes categorias de mundos habitados, a descrição de Mundo de Regeneração é um lugar, onde, ainda, há dor, mas não na forma como a dor e o sofrimento são experimentados no Mundo de Provas e Expiações. Não é um mundo perfeito, assevera Santo Agostinho, e ele alude às questões morais.
Do ponto de vista da saúde ecológica do Planeta a história é outra.
Assim, é possível nós imaginarmos um Mundo mais evoluído ético-moralmente, mas trazendo um legado terrível, de uma conduta não compatível com a reveliência da nossa Casa Planetária. Ela não suporta qualquer tipo de agressão, existem os limites que precisam ser respeitados.
Não respeitar esses limites significa deixar como legado ao Mundo de Regeneração: a poluição do ar, a poluição da água, a desertificação do solo, transgenia irresponsável, produção monumental de lixo, mudança climática, destruição sistemática da biodiversidade e outros fatores, que tornariam esta Casa Planetária hostil à vida, apesar de sua evolução ética e moral.
É uma questão para pensarmos.

Wellerson: Você poderia apresentar uma panorâmica do seu livro: Ecologia e Espiritismo, relacionando-a à obra de Chico Xavier? Como foi esse trabalho?

André: Essa foi a idéia da explanação feita aqui, por mim, neste III Congresso Espírita Brasileiro.
A obra de Chico Xavier, principalmente, por meio dos trabalhos de Emmanuel e André Luiz, abordou muito a configuração da vida no Planeta, a importância de não desrespeitarmos os limites da Terra, sobre como nós e o Planeta nos confundimos.
Em mensagem de André Luiz no livro Ideal Espírita, por exemplo, ele diz que não é possível imaginar a Paz sem que percebamos que estamos dentro de um processo onde todos estão interligados, onde somos todos interdependentes e interagimos o tempo todo.
O Universo é sistêmico, há um conjunto de fenômenos que possui essa característica de um intercâmbio intenso e incessante. Onde a natureza não tem saúde, vitalidade e residência, há escassez. Onde há escassez não há condições propícias à vida. Onde não há condições propícias
à vida, há conflito, há disputa. “Farinha pouca, o meu pirão primeiro”.
A História da Humanidade nos mostra esse tipo de comportamento.
Não é por acaso que, em 2004, o Comitê Nobel, pela primeira vez, conferiu o Prêmio Nobel da Paz a um ambientalista. O que tem a ver meio ambiente e paz? Tudo, tudo a ver.
Quando sobreveio a catástrofe do Furacão Katrina sobre Nova Orleans, foi disparado um alerta para que a população do Sul dos Estados Unidos deixasse a região. Quem não tinha dinheiro, os pobres, e naquela região majoritariamente os negros, refugiou-se em abrigos públicos. Um desses abrigos foi o Estádio de Basquete ou Ginásio chamado Super Dome. A previsão era
apenas passar dois dias ali no Super Dome, só que o furacão destruiu a represa e aquela água fétida do Rio Mississipi inundou Nova Orleans. Dois dias se transformaram em quase duas semanas. Quando começaram os rumores de que faltariam água e comida, não seria possível alimentar a todos adequadamente, o comportamento de vinte mil pessoas dentro desse Ginásio alterou-se significativamente. Tivemos registros de homicídios, suicídios, estupros, barbárie dentro do Ginásio, porque surgiram os rumores de escassez – isso está registrado, aconteceu há seis anos atrás, não mais do que isso.
Nós precisamos saber cuidar para não faltar. Porque onde falta, não é uma regra absoluta, precipita-se uma atenção que não favorece a paz.

Wellerson: Você fez um trabalho inédito dentro da Doutrina Espírita no que se refere à Ecologia. Chico Xavier, também, o fez, mas de forma esparsa, não concentradamente como você. Qual é a postura que devemos adotar em relação ao nosso Planeta? Enquanto espíritas que somos como podemos auxiliar na conscientização das outras pessoas?

André: Isso extrapola o Espiritismo, mas – respondendo à sua pergunta – nós, enquanto espíritas, precisamos ser sustentáveis.
Precisamos consumir com consciência, precisamos prestar atenção no hábito de consumir e não extrapolar o limite do necessário. Está na Lei de Conservação em O Livro dos Espíritos o que é necessário e o que é supérfluo.
Aquele que é consumista e assume ser não está entendendo a Doutrina.
A Doutrina Espírita deixa muito claro que uma característica dos Mundos Primitivos é o apego à matéria.
O consumista o que é? É alguém refém de produtos, de marcas de grife, de acumulação de bens e de posses, de um closet abarrotado de toalhas, de edredons, de sapatos, de roupas. Isto não é, propriamente, até onde eu entendi a Doutrina, uma conduta espírita.
Então, devemos consumir com consciência. Separar o lixo. Nós não podemos deixar como legado, no Planeta em que poderemos reencarnar, o lixo na profusão que produzimos. Reciclar é uma atitude espírita.
Consumir água e energia com ética, porque são recursos invariavelmente finitos.
No momento, não é possível imaginar que nós não tenhamos para com a água uma conduta mais racional. Impedir goteiras, infiltrações e vazamentos; reaproveitar a água da máquina de lavar para múltiplos usos higiênicos, lavando o carro, o chão da cozinha, o vidro; coletar água da
chuva. Nós não fazemos isso por quê?
Esse é o país que tem o maior índice pluviométrico do Planeta. Por causa da bacia do Rio Amazonas, há muita chuva no Brasil. Em países tropicais chove muito. Todas as casas e edifícios têm calhas que vertem a água da chuva direto para o ralo e nós pagamos tarifa de água cada vez mais cara, porque os mananciais estão cada vez mais degradados e o custo do tratamento se eleva exponencialmente.
Então, basicamente, eu acredito que precisamos prestar atenção em hábitos, comportamentos e padrões de consumo. E sermos muito rigorosos em relação a isso, porque errar é humano, mas nós já perdemos o direito de errar quanto a esses aspectos. Não faltam mais informações, não
faltam mais alertas. Diferentes relatórios convergem na mesma direção: se nós não corrigirmos o rumo, há o risco de um colapso.
O colapso seria a incapacidade dos ecossistemas do Planeta de proverem a Humanidade do que ela vem demandando, progressivamente, em termos de matéria prima e de energia.
Agora, não há plano B, não tem outro planeta. Do ponto de vista dos encarnados, não tem arca em que, na hora do abalo, todo mundo pega carona ou possa fugir num rabo de foguete.
Esse é o Planeta que possuímos, essa é a nossa Casa Sideral, e a sua preservação é missão de todo espírita, porque precisamos entender isso como missão. Eu tenho a minha missão, mas conjuguemos isso no plural, porque são várias: ser bom pai, bom filho, bom vizinho, bom profissional e ser uma pessoa que está antenada com as necessidades da sua sociedade e do seu Planeta.
O Planeta está pedindo ajuda, mas o que o espírita está preparado para oferecer?

Encantos e Desencantos

Era domingo de Carnaval, eu me lembro.

Eu havia passado o dia de forma muito feliz. Durante todo o dia estive ao lado da pessoa amada. Que alegria poder compartilhar momentos que ficam marcados em nossa mente para a eternidade!

Tudo ia muito bem, não éramos dados ao Carnaval e já havíamos combinado de ficar juntinhos todo aquele dia.

À noite caiu e percebi que a pessoa começou a ficar incomodada. Sempre saía de perto de mim e regressava sem graça, como se quisesse dizer algo e não tivesse coragem.

Até que percebi que se tratava do telefone celular. Quando esta pessoa estava comigo nunca atendia às chamadas.

Assim como quem não quer nada disse-me que precisava ir embora, era a sua família quem chamava.

Uma leve tristeza e melancolia invadiu o meu espírito e nos despedimos.

Logo que esta pessoa se foi, desliguei os meus aparelhos de telefone, deitei em minha cama e chorei amargamente. Um tormento começou a se apossar do meu ser, um desespero, sair dali, não sei para onde. Fui sendo envolvido por aquele sentimento ruim e, de repente, quando me vi, já estava à porta de casa aguardando um táxi.

Para onde eu iria? Não sei... Só não queria ficar sozinho. Tomei um táxi e me pus a dar voltas nas ruas da cidade sem eira, nem beira, entrava por ruas e ruas, quando avistei certo movimento. Era uma boate, uma casa de shows, sei lá. Apeei do carro, entrei na fila e adentrei o recinto.

O perfume exalava no ar, o cheiro do suor e da bebida se misturavam e as pessoas tresloucadas dançavam ao ritmo da música contagiante.

Pelo menos ali tinha companhia, pensava eu. Pelo menos ali tinha a presença de pessoas mesmo que desconhecidas, já que a pessoa que eu amava não podia estar comigo.

Comecei a me envolver no ritmo, mas tinha vergonha, eram pessoas desconhecidas. Até que me deu uma vontade súbita de tomar algo. Alguma bebida que me pudesse deixar mais animado. Fui ao balcão, pedi ao garçom uma bebida forte, um drink, qualquer um que me animasse. Ele sorriu. Ofereceu-me a especialidade da casa segundo ele e em pouco tempo estava super, super animado.

Do primeiro drink passei ao segundo, ao terceiro, ao quarto e ao final da noite, quase amanhecendo, chegava ao sétimo.

Não me recordo como saí da boate, hoje sim, eu sei, acompanhado, acompanhado por alguns “companheiros” que angariei com as minhas escolhas.

Naquele dia não fiquei com ninguém. Os meus pensamentos eram apenas em uma pessoa. Adentrei o táxi, pedi ao motorista para me levar a uma estrada mais próxima, fora da cidade. Ele achou estranho, mas eu estava pagando, era o seu dever. Levou-me para uma rodovia. Pedi para parar, desci do carro depois de pagar a corrida e então ele se foi.

Eu caí dentro de mim mesmo e comecei a chorar convulsivamente. À minha frente havia um despenhadeiro. Eu estava zonzo, a cabeça tumultuada, e a mente na pessoa amada. Onde estaria? Estava com as suas escolhas.

E, então, tomado de um esturpor, eu me atirei. Atirei-me no desfiladeiro e pensava tudo ter terminado.

Uma dor inenarrável, maior do que a que eu sentia invadiu o meu espírito e eu levantei do chão.

Impossível, eu estava vivo, era um milagre! Comecei a agradecer a Deus quando me vi caindo do desfiladeiro, o vento arrebentando os meus pulmões e a pancada nas rochas pontiagudas abaixo. Quando, então, fui tomado de espanto. Meu corpo estava ali, ensanguentado, quebrado e destroçado, e eu estava vivo. Não podia ser!

Eu fui tomado de desespero. Minhas mãos estavam sujas de sangue, minha boca destroçada, a cabeça doía como nunca, quando me recordei da pessoa amada.

Foi incrível! Eu fui transportado e lá estava em seu quarto. A pessoa dormia como um anjo. Eu tentei tocar, acarinhar, mas um largo abismo nos separava. Eu urrava como um animal. A dor verdadeira era aquela. O que tinha feito da minha vida? Acabei com ela em um segundo.

O meu corpo demorou para ser descoberto e eu acompanhei todo o féretro. Enterreram-me. Aliás, enterraram-me vivo, porque eu sentia tudo. O peso da terra, os vermes me devorando pouco a pouco, o meu corpo virando podridão. Quanto sofrimento!

Não sei dizer ao certo quanto tempo passou, dias, meses ou anos, até que recebi a visita de um ilustre desconhecido que me convidou para seguí-lo.

Eu fui, não o conhecia, mas era uma companhia. Me sentia sozinho. Eu fui e amparado estou.

Hoje, passado tanto tempo, continuo a sentir as sequelas do meu ato, mas como é Carnaval na Terra e sei que a história pode se repetir em algum canto ou lugar, pedi para escrever, relatar a minha história destituída de qualquer lição senão aquela mensagem do que não se deve fazer.

Obrigado aos corações amigos pela acolhida e pelas boas vibrações...

Um abraço fraternal,

J. S. C.

(Mensagem psicografada pelo médium e orador espírita Wellerson Santos no dia 06 de março de 2011)

Benesses de Paz



Benesses de Paz

Luarizados pelas bênçãos de harmonia que descerraram do Mais Alto em favor de todos nós, agradecemos-Te, Senhor.
Refazendo nossas energias, prosseguimos altaneiros, em busca de vencermos os obstáculos do caminho, sobrepujando as dificuldades da estrada redentora.
Tem misericórdia, Mestre Incomparável, tu que és o Sublime Pastor.
Arrebanha com o Teu cajado as ovelhas perdidas que somos, apartadas do Teu Rebanho de Amor.
Com Tua bondade infinita ensina-nos as verdades eternas, recambiando os Teus tutelados dos movimentos vis e das escolhas perniciosas.
Agradecemos-Te, Senhor e Mestre, pelas benesses de paz!
Pelas vibrações de saúde endereçadas aos nossos espíritos.
Agradecemos-Te pelo celeiro de informações e mensagens que dispões para que alimentemos a nossa alma.
Agradecemos-Te o entrelaçamento de corações amigos e saudosos que nesta festa espiritual bendizem o Teu nome sublime.
Tu que és o tutelador dos espíritos da Terra e que enviaste os Grandes Mestres para nos auxiliar a entendermos as mensagens do Mais Alto, reavivando nas mentes a Lei Divina, auxilia-nos agora a desenvolver o nosso papel de unificar propostas e corações a fim de todos falemos a linguagem do amor na Terra.
Não mais, Amigo Incondicional, dissensões, guerras, lutas em nome da Divindade, mas a vivência plena e verdadeira dos propósitos que precisam eclodir nos corações terrenos, a Luz Interna e Divina a espalhar luminosidades por onde quer que passe.
Auxilia-nos a nos tornar testemunhas da Palavra Divina no Mundo, colocando dia após dia os ensinamentos em prática.
Enfim, Meigo Rabi, a quem aprendemos a amar e a respeitar, ilumina-nos, protege-nos em Tuas mãos dadivosas e em Teus compassivos braços para que possamos caminhar rumo a nossa própria redenção.
Sê conosco, hoje e sempre...
Obrigada, Irmão Querido!

Mirra Alfassa
(Mensagem psicografada pelo médium e orador espírita Wellerson Santos na noite do dia 20 de fevereiro de 2011)

DVD - Reflexões Doutrinárias


Clique para assistir ao trailler

Reflexões Doutrinárias

Desde o surgimento do Espiritismo na Terra há 153 anos, O Consolador tem cumprido a sua tarefa de delinear uma Nova Era, trazendo luz nova para mentes e corações.
Neste DVD, o orador e médium Wellerson Santos elucida diversas questões com base no Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita.
Falando sobre diversos temas, o orador vai trazer e relembrar fatos ocorridos na História, além de ensinamentos deixados por grandes mestres.
Essas reflexões espíritas levarão o ser a imergir para dentro de si mesmo, buscando o autodescobrimento a fim de que possa se tornar melhor a cada dia.
Um trabalho realizado com esmero e carinho pelo Conselho Regional Espírita de Poços de Caldas – MG.
Paz e alegria!
Vale à pena conferir: Reflexões Doutrinárias!

Gravado em Poços de Caldas – MG no dia 08 de janeiro de 2011 – Palace Hotel
Duração: 84 minutos

Entrevista Inédita: Alberto Almeida


“Assemelhando-se a João Batista que, quando enaltecido,
fazia menção ao Mestre e dizia que não era digno de desatar
as correias das Suas alpercatas, assim fazia Chico em todas as vezes
que era enaltecido, transferindo os elogios a Kardec e a Jesus”.

Alberto Almeida
Orador Espírita – Grupo Espírita Jardim das Oliveiras - Belém do Pará

Wellerson Santos (Wellerson): Francisco Cândido Xavier, um dos grandes ícones do Espiritismo, tem servido de exemplo para muitos médiuns e realmente ele o é. Se observarmos sua vida, notaremos que, por inúmeras vezes, ele esteve mediunizado em trabalho espiritual por muitas horas seguidas. Na atualidade, muitos médiuns, utilizando-se desse precedente, agem da mesma forma. Há algum inconveniente nesse fato pela ótica espírita?

Alberto Almeida (Alberto): Efetivamente, o fenômeno mediúnico guarda características muito específicas, que estão subordinadas às leis gerais.
Dentro dessa generalidade é natural que possamos encontrar as variadas especificidades. No tipo de exercício da atividade mediúnica que Chico Xavier estabelecia, vamos perceber alguém que fez um movimento grandioso de preparação, para que pudesse se demorar grandemente
na psicografia das cartas, sobretudo, no atendimento em pronto socorro espiritual à população.
Na verdade, como ele bem afirmaria, ele precisaria de quatro décadas para poder ajustar-se num trabalho de facilidades amplas a fim de poder filtrar as atividades de mensagens, que deveriam ser vertidas por ele no atendimento das necessidades da população, da multidão que o procurava.
Efetivamente, quando Chico se demorava largo tempo na tarefa do exercício mediúnico ele o fazia depois de um serviço apostólico de preparação.
Era tutelado por Entidades que acompanhavam o seu trabalho, que garantiam a possibilidade de que esse exercício não tivesse repercussões negativas, não perturbasse, por exemplo, a sua saúde, e que se pudessem alcançar os objetivos reservados pela Espiritualidade Amiga
para aquela oportunidade.
Acredito que o médium que não tenha o mesmo lastro, o mesmo estofo, que não esteja alinhado com essa proposta, teria dificuldades de poder fazer um exercício mediúnico de longo tempo de duração, porque se ressentiria fisicamente.
É necessário estar sobre uma tutela, de modo que esse desgaste causado pelo fenômeno mediúnico possa ter assim a sua contraposição em função do objetivo maior em que se apóie. Mas não é só isso, é necessário que a pessoa esteja equilibradamente posta e um largo tempo de
preparação prévia.

Wellerson: Por que na História todos aqueles que resolveram seguir Jesus sofreram tanto?

Alberto: Porque o sofrimento tem características diferentes.
Quando o animal sofre, ele tem um indicativo, um significado do ponto de vista evolutivo, que é diferente do ser humano. No ser humano, o significado da dor tem formatos diferenciados.
Nós temos a dor de características expiatórias, que é a de alguém que vem rever contas internas e faz ajustes de problemas não superados, pendências, e o faz com uma dose de dor, uma dor doída.
Nós temos a dor provacional que acontece de uma forma genérica no ser humano, como, por exemplo, a dor do parto, uma cólica para o exercício da evacuação, da defecação. São dores que fazem parte do ser humano. E nem, por isso, são dores necessariamente doídas, porque fazem parte da estrutura evolutiva do ser, dentro de uma característica de aprendizado absolutamente normal.
E temos as dores dos missionários, as dores relacionadas a Espíritos que não têm tendências necessariamente de resgate. Eles não fazem parte de um processo de aprendizado específico, individualizado – como é mais característico de um discípulo –, mas se atêm a um exercício de
demonstração de um mestre que ensina.
Então, a dor de Jesus na cruz é diferente da dor de Dimas ao Seu lado crucificado.
Naturalmente, esses grandes homens são imolados por conta da própria repercussão que suas vidas estabelecem em um Mundo tão resistente a acolher o bem.
Há todo um movimento de contraposição e há toda uma atitude de devotamento por parte do missionário, que vai à renúncia e ao sacrifício.
Essas são as manifestações do Amor, luminosas, que não tem nada a ver com tendências anteriores de outras vidas, de resgate. Aquela dor não é uma dor doída, porque não é a dor, necessariamente, daquele que está ensaiando o aprendizado, mas sim uma dor de luz, do coroamento do Amor que, em experimentando o ato do sacrifício, torna-se uma dor que não dói.
Emmanuel, quando analisa a dor de Jesus, por exemplo, diz que a crucificação pode ser comparada a fogos de artifícios, fazendo, naturalmente, menção à dor física.
Há um filme que revela Jesus massacrado. É um filme que chama atenção da população, porque a população está sintonizada com a dor física de Jesus. Mas apesar daquela dor, com um bom controle mental, a pessoa se equilibra.
Nós ficamos nos fogos de artifícios, ficamos na ilusão de uma dor física.
Contudo, almas iluminadas experimentam dores físicas com supremacia, com elevação, e essas dores fazem parte do seu processo de demonstração e de ensino, porque o Amor, quando ama verdadeiramente, pode chegar a esse nível de sacrifício.

Wellerson: Ainda na juventude, Chico Xavier teve o encontro amigo com José Hermínio e Carmén Perácio, que lhe foram os tuteladores naqueles recuados tempos. O que poderia ser dito aos médiuns que experimentam agora o seu despertamento? Qual o caminho a seguir?

Alberto: Eles devem se vincular a um grupo sério, a exemplo do casal Perácio, que deu a tutela a Chico e lhe permitiu ser acolhido no Centro Espírita Luiz Gonzaga, que foi estabelecido como a base primeira do médium.
Recomendamos aos médiuns que procurem grupos espíritas sérios para que, com base no estudo e na reflexão, possam ir aos poucos se apropriando do Espiritismo, conhecendo a Doutrina Espírita, para que possam fazer um exercício da mediunidade fundamentado no conhecimento
filosófico, científico, com o objetivo ético-moral, que o Espiritismo empresta quando analisa o fenômeno mediúnico.
É curioso que Chico tenha passado mais de três anos psicografando junto ao casal Perácio e que essas psicografias, nesse exercício mediúnico, ao tempo que ele fazia seu aprimoramento de estudo, de reflexão, de análise, tenham sido todas elas dispensadas, porque faziam parte de um treinamento.
Então, uma alma como Chico Xavier, que foi um espírito convidado a dar a sua contribuição à evolução espiritual do Planeta, precisou de três anos de exercício, quase quatro anos, para começar efetivamente o seu trabalho.
Eu percebo quantos médiuns da atualidade mal começam a psicografar e precipitadamente querem publicar, num descompasso com aquilo que é o exemplo de um grande médium, que busca o estudo antes.
Mesmo quando o médium seja um Espírito já de categoria elevada, com títulos de enobrecimento que traz de outras vidas, há a necessidade de um processo de adestramento, de um processo de qualificação, para que possa, assim, efetivamente, fazer o seu trabalho na psicografia para posterior publicação. Então, é necessário esse acolhimento de uma instituição
séria.
Kardec recomendava que as mensagens deveriam ser divulgadas para o público geral, mas, dentre aquelas mensagens boas, apenas dez por cento deveria ser publicado. Causa-me estranheza de ver a pressa com que os médiuns publicam mensagens, que, às vezes, são até saudáveis, são boas, para aquele grupo mediúnico ou para aquele centro espírita, mas não têm maior significado para o público em geral.
Às vezes, lançam-se publicações sem nenhum critério, esquecendo-se desse exemplo que você trouxe na pergunta, que é o nosso exemplo maior, o exemplo que temos na história do Espiritismo, o do Chico. Mesmo sendo Chico grande como ele já era antes de se reencarnar, ele, ainda assim, se lembrou de estudar, de refletir, e só depois de três anos ele faz a sua iniciação, por assim dizer, no trabalho que envolveria uma publicação da sua psicografia.

Wellerson: Para nós finalizarmos, na sua opinião, qual é a frase que define Chico Xavier?

Alberto: Humildade. Chico Xavier é o exemplo do exercício da humildade.
É muito difícil ser grande e ser humilde.
É muito difícil ser um bem-aventurado, como os pobres de Espírito, como os humildes, na fala de Jesus.
E Chico Xavier conseguiu esse feito. Quanto mais ele se apequenava vivenciando o Amor na vertente da humildade, mais ele se engrandecia.
E quanto mais ele se engrandecia, mais ele se apequenava.
Assemelhando-se a João Batista que, quando enaltecido, fazia menção ao Mestre e dizia que não era digno de desatar as correias das Suas alpercatas, assim fazia Chico em todas as vezes que era enaltecido, transferindo os elogios a Kardec e a Jesus.
A beleza de Chico Xavier na Terra é a de poder ter exercido o Amor, profundamente, linkado com a paz e impregnado com essa virtude da humildade, que, talvez, seja no momento a virtude mais difícil de ser conquistada pelos espíritas de um modo geral e, especialmente, pelos médiuns.

Mensagem Psicografada


Carnis Valles

Aproximam-se os dias ruidosos no solo terrestre.

Das mentes humanas já emanam as vibrações em clichês mentais referentes às festas carnavalescas.

Assomam na atmosfera terrestre, espíritos das mais variadas ordens, para se consorciarem com as debilidades do ser encarnado nos processos tormentosos das obsessões. Lamentavelmente, a criatura humana caminha em busca de coisa nenhuma nesses dias.

Enquanto os holofotes se acendem, os spotlights iluminam, os carros alegóricos demonstram a sua grandeza e as fantasias o seu luxo, na Sapucaí, uma nuvem escura de espíritos menos felizes imprime e envolve as criaturas encarnadas em vibrações deletérias a fim de poderem realizar os seus intentos.

Nos prazeres do Carnaval, em que a carne nada vale, a criatura humana, imersa em suas anfractuosidades morais, deixa-se enlear e, envolvida pelo sexo corrompido, pelas drogas lícitas e ilícitas, chafurda-se na lama, nas suas próprias sensações.

Urge que modifiquemos a nossa estrutura mental para realizarmos a efetiva transformação interior.

A diversão é recurso salutar para o bem estar físico, espiritual e emocional do ser encarnado na Terra, mas precisa ser avaliada para que o indivíduo não se perca em seus próprios desvarios.

Chegará o tempo da vivência plena da alegria sem as conotações errôneas da animosidade e das perversões.

No momento em que cada criatura modificar o seu modo de experenciar e entender os acontecimentos e fatos da vida essa festa popular entrará para as lembranças e os seres conseguirão compreender os valores transcendentais da alma.

Espíritas que somos, a Doutrina nos informa que os caminhos da vida são feitos de escolhas, que há tempo de plantar e há tempo de colher. Somos responsáveis.

O Evangelho de Jesus nos convida à renovação íntima, a acendermos a nossa luz interna para aplacar as trevas da ignorância alheia.

Que possamos imprimir dentro de nós a proposta divina e sermos melhores a cada dia.

Muita paz!

Um abraço paternal do Servidor Humílimo de Jesus,

Bezerra

(Mensagem psicografada pelo médium e orador espírita Wellerson Santos na noite do dia 20.02.11)

Flores e Encantamentos



Flores e Encantamentos
A Natureza exuberante é lição silenciosa no transcorrer dos tempos. Cada ser vivo trabalha dentro de suas possibilidades como meio de gratidão ao Senhor da Vida, trazendo a sua mensagem.
Toma para tua vida, tu que és dotado de raciocínio, as exemplificações para teu cotidiano.
Vê a dama da noite. Quando a noite cai e os últimos revérberos do Sol se escondem por detrás dos montes, exala o perfume.
Nas noites dos teus desencantos, deves espargir o perfume das tuas virtudes, inebriando aqueles que estão a tua volta.
Vê o girassol. Pela manhã quando o Astro Rei se levanta e atravessa o céu se pondo no outro canto, a flor acompanha-O vagarosamente como se exemplificasse a caminhada rumo à luz.
Segue também tu a luz que se acende em tua estrada, tal e como o girassol. Deixa que o Evangelho de Amor seja o teu guia seguro.
Vê as buganvílias. Elas trepam sobre os muros e florescem, encantando a todos com seus cachos de beleza.
Na estrada da tua vida floresce em cima dos obstáculos, dos muros que te surgem. Aproveita a oportunidade sobrepujando todos os empecilhos.
Vê o miosótis, a flor mimosa e pequenina que, esquecida no imenso jardim, floresce e traz o seu encantamento.
Compreende a lição da humildade em tua vida, no silêncio dos teus dias serve e auxilia. Trabalha em favor de ti e do teu próximo.
Vê a rosa. Com suas pétalas ela chama a atenção, embora o roseiral tenha os seus espinhos.
Valoriza as pétalas perfumadas da tua vida para que tuas virtudes sejam mais importantes do que tuas imperfeições.
No jardim da vida cada flor traz o seu encantamento.
Tu és flor dadivosa que é colocada no imenso jardim terreno.
Tu foste jogado como semente e és convidado a vencer o peso da terra, as intempéries da Natureza, a crescer e a florescer, oferecendo o perfume a todos que convivem contigo.
Que na tua vida tu possas trazer o teu encantamento, vivendo em harmonia, em paz e tranquilidade contigo mesmo.
Paz e harmonia aos corações!
Abraço carinhoso,
Meimei
(Mensagem psicográfica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos no dia 13 de fevereiro de 2011 por ocasião da Reunião de Confraternização da Reunião Mediúnica do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla).

O Serviço Cristão

O Serviço Cristão

O trabalho com Jesus é convite constante oferecido às criaturas humanas que se encontram na Grande Seara.
O trabalho com Jesus requer disciplina e responsabilidade.
A disciplina é movimento íntimo que leva o homem a trabalhar o seu interior nas atividades que precisam ser realizadas com fervor.
A responsabilidade é o esforço de cumprir a tarefa que lhe foi confiada dia após dia, embora as dificuldades do caminho.
O serviço cristão não é atividade que leva o homem à permanência nos eflúvios da bondade e do amor, mas é a oportunidade de acender nas trevas a luz do Evangelho.
O Mestre houvera dito que havia vindo ao Mundo para os doentes e não para os sãos.
Dessa forma, esforça-te por trabalhar junto a Seara Bendita, oferecendo aquilo que tens de melhor.
O servidor da Seara de Jesus não é perfeito, mas é aquele que se esforça por ser melhor a cada dia.
Arregimenta-te na fé e na esperança.
Trabalha incansavelmente.
Acenda a tua luz interna e segue adiante!
Muita paz aos corações amigos.
Renovação aos espíritos!
Um abraço paternal do Servidor Humílimo de Jesus,

Bezerra

(Mensagem psicográfica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos no dia 13 de fevereiro de 2011 por ocasião da Reunião de Confraternização da Reunião Mediúnica do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla).

Entrevista Inédita - Alamar Régis Carvalho


Alamar Régis Carvalho
Divulgador da Doutrina Espírita - São Paulo/SP

Wellerson Santos (Wellerson): Temos acompanhado o seu trabalho e você tem se dedicado à divulgação da Doutrina Espírita para que os postulados sejam corretamente difundidos. Observamos que, hoje, nos meios de comunicação, a proposta, também, se alarga. Contudo, o que notamos é que a mídia realiza essa divulgação sem o compromisso com os postulados kardequianos. Na sua opinião, quais são as vantagens e desvantagens de uma divulgação feita dessa forma?

Alamar Régis Carvalho (Alamar): Esse é o problema da ignorância já efetivada pelas religiões tradicionais e convencionais. Tentaram fazer com que o público cresse numa cultura popular que diz ser tudo a mesma coisa. Para eles, Umbanda, Espiritismo, Cartomancia, Necromancia são sinônimos, o que é lamentável.
Tudo isso é produto, conforme dissemos, da ignorância, da má vontade e, diria, da falta de disposição para a honestidade, porque se realmente se preocupassem em pesquisar, estudar, seria muito diferente.
Nos dias de hoje, porém, isso tem mudado bastante. Nós vemos, por exemplo, a Rede Globo de Televisão dando uma orientação aos seus jornalistas e repórteres para que, quando forem dar a notícia de que alguém “morreu”, possam dá-la de forma diferente. Não ouvimos mais no Jornal Nacional: “morreu fulano, o sepultamento de fulano acontecerá no cemitério tal”. Agora é diferente: “o corpo de fulano será velado no cemitério tal”. Então, lentamente já há uma mudança.
Antigamente, há menos de uma década, todas as vezes que a Globo ou a Revista Veja enfocava algum assunto envolvendo mediunidade e reencarnação chamavam sempre o Padre Quevedo. Sempre tinham o Quevedo para dar a sua opinião, porque eles achavam que era ele quem sabia de tudo. Hoje, para desenvolver assuntos espíritas, ele não é mais convidado. Já há uma separação e uma evolução nesse ponto.
A mesma coisa quando nós nos atentamos às revistas: Veja, Isto É, Época. Elas já enfocam matérias espíritas. Espíritas, porque os jornalistas, hoje, estão tendo uma conscientização maior.
Agora, infelizmente, ainda há aquele jornalismo tendencioso, de pessoas que até sabem que não é a mesma coisa, mas que fazem de propósito, porque “dá Ibope”. Então, vemos a carência de ética do jornalista, por se deixar envolver pela sua filosofia religiosa particular.

Wellerson: Na sua opinião, qual é a frase que define Chico Xavier?

Alamar: A frase que nós temos visto aqui no III Congresso: O Chico Amor Xavier.
Eu acho maravilhosa essa frase e essa última, trazida pelo filme Chico Xavier, de Daniel Filho: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
A vida de Chico é tão grandiosa, tantos momentos maravilhosos, tantas frases chamativas para o nosso cotidiano, em toda a sua obra, nos seus mais de 400 livros, são tantos causos, que só vemos exemplos.
Então citar uma frase especificamente é muito complicado.

Wellerson: Nesses 92 anos de existência de Chico Xavier, qual é o episódio da vida dele que mais marcou você?

Alamar: O Chico tem uma característica muito interessante. Eu tenho observado que, no Movimento Espírita, há um esforço que as pessoas fazem em querer parecer humilde para os outros. O Chico não pareceu humilde, ele foi. Há uma diferença muito grande.
Quando perguntamos às pessoas: “e você, como vai?”, elas respondem “ah, eu estou melhor do que mereço!”. Isso não condiz com a sinceridade: para começar, ninguém pode estar melhor do que merece.
Então, nós ficamos naquela necessidade de mostrar que somos humildes.
“Eu devo ter sido alguma coisa que não presta na reencarnação passada”
– as pessoas dizem. É incrível, espírita só foi coisa que não presta na reencarnação passada. Nunca vi um espírita dizer que foi alguém que trabalhou, que auxiliou em reencarnação passada.
O Chico viveu a humildade, falava daquele jeito, com aquela ternura, não apenas dentro da casa espírita. Ele vivenciava e falava daquele jeito em todos os lugares.
Quando ele dizia que se considerava um cisco, era a sua visão intergaláctica, em relação a um Universo que se mede em Anos-Luz. Ele se considerava um cisco, mas não que ele se desmerecesse, se considerasse um homem sem valor nenhum, porque ele estaria sendo demagogo, até extremamente hipócrita, porque um homem que fez o que ele fez sabe do seu valor.
Ele conseguiu se impor, sem impor nada aos outros, sem impor fé, sem tentar converter ninguém.
Muito pelo contrário, Chico falava respeitosamente em relação à Igreja Católica, que tanto o combateu – não foi toda a Igreja –, parte da Igreja, mas ele sempre agia com carinho quando era atacado e falava com naturalidade e Amor. E, sobretudo, sem mostrar. Sem querer dizer: “estão
vendo, estão me batendo e eu estou dando a outra face”. Nada disso.
O que precisamos no Movimento Espírita, em especial, é nos atentarmos para este detalhe: separar a humildade autêntica da humildade teatralizada. Essa humildade não tem vez!

Perdoemos!



Perdoemos!
Se o sândalo, quando ferido pelo machado, deixa o perfume na lâmina...
Se o cãozinho doméstico, depois de maltratado, por seu dono oferece carinho e devoção...
Se a rosa ao ser colhida da sua haste ornamenta, embeleza...
Por que a criatura não pode desenvolver o perdão?
O perdão é virtude dadivosa que, quando desenvolvido no coração do ser, leva-o a conquistas inenarráveis.
Compreender e aceitar o outro como ele seja é tarefa que deves cumprir.
Entenda as criaturas que estão ao teu derredor como seres individuais, com suas escolhas e que possuem, assim como tu, as suas imperfeições.
Da mesma forma que desejas ter a misericórdia e perdão daqueles a quem ofendestes, busca também perdoar aqueles que te feriram.
Aquele que fere é o mais necessitado, não é inferior, mas é ignorante perante as Leis Divinas e precisa receber o amor como a resposta viva afim de que ocorra seu despertamento.
Não julgues a atitude impensada do teu irmão do caminho e esteja pronto a estender a tua mão para o auxiliar.
A vida é sábia, ela dá ensejo para que os seres se encontrem e reencontrem, para que possam se perdoar e vivenciar a proposta de amor puro e verdadeiro, o amor sem barreiras que oferece o que possui de melhor.
Segue a assertiva do Cristo, fazendo aos outros aquilo que gostarias que te fosse feito.
Quando conseguires atingir esse patamar, decerto que, muitas das tuas dificuldades desaparecerão e o teu coração se tornará mais ameno perante os que hoje te odeiam e te consideram inimigo.
O inimigo de hoje será amigo de amanhã, quando as verdades da vida demonstrarem que todos somos irmãos.
Que Jesus abençoe o teu coração, fortalecendo-te na caminhada rumo à luz.
Um abraço carinhoso e afetuoso,

Maria Dolores

(Mensagem psicográfica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos na noite do dia 13 de fevereiro de 2011).

Encantamento da Natureza

Os mistérios da Natureza encantam o ser vivente da Terra.
Quem saberia explicar ou reproduzir a beleza incomum de uma flor a desabrochar ou então o cair da aurora anunciando a chegada da noite escura?
Os mistérios da Natureza demonstram a Grandeza Divina, permeando toda a Sua Criação.
Quem teria ensinado ao João de Barro a fazer a sua casa, as cotovias a cantarem as suas belas melodias ou o rio a correr para o mar?
Cantando as glórias de Deus os elementos dos diversos reinos demonstram a beleza da Natureza. O pulsar da Criação se desenvolve ininterruptamente no transcorrer dos tempos para o surgimento e nascimento dos seres vivos do Universo, emanando fluidos e vibrações.
A Natureza é vida e vida em abundância.
Fazendo parte de todo o sistema, a criatura humana é esta máquina perfeita que demonstra de forma indiscutível a existência de um Ser Magnânimo que a tudo preside.
O homem, a expressão da inteligência, é a mais bela manifestação da vida que Deus criou, pois que é o resultado de todo um processo evolutivo que culmina na angelitude.
Dos ínfimos átomos às alcandouradas luzes, a Criação, exuberante, é permeada pela Expressão Divina em Sua Excelsa Sabedoria, a Causa Incausada do Universo.
Chegará o dia em que a criatura humana conhecerá os mistérios da Natureza, compreenderá os fatos e penetrará com a mente os acontecimentos mais subjetivos, alargando as suas potencialidades de conhecimento.
Dia chegará que a criatura humana compreenderá a si mesma e atingirá o cume, aí vendo não mais a parte, mas o todo.
A Natureza vibra e emana a todos os instantes fluidos e muitas benesses recarregando tuas energias.
Recolhe-te debaixo de uma árvore, aspira o perfume de uma flor, sê bafejado pela luz do Sol, olha o firmamento registrando a luz do luar e das estrelas, sente o ar entrar e sair dos teus pulmões, sorve a ninfa cristalina, sente a presença de Deus e agradece sempre!
Glorifica a Deus bendizendo a Sua Criação e aprende a servir.
Agradece sempre e constantemente!
Paz, harmonia, afeto e luz aos corações amigos.
Um abraço amigo da servidora pequena,

Cabocla Iara

(Mensagem psicografada pelo médium e orador espírita Wellerson Santos na noite do dia 06 de fevereiro de 2011).





Munique - Alemanha







Mannheim - Alemanha







Berlim - Alemanha


Senhor, Tu que és o Caminho da Verdade e da Vida, Tu que és o Mestre Incomparável que está ao nosso lado em todos os momentos do nosso existir, vem ter conosco.

Mestre Querido, abraza os nossos coracões cheios de feridas.

Consola-nos diante das aflicões.

Faz-nos caminhar na Tua luz.

Jesus Amigo, os nossos espíritos encontram-se radiantes e desejamos agradecer-Te pelas bençãos aqui recebidas.

Que neste encontro de amor e luz possamos estar fortalecidos, e seguirmos avante a nossa estrada a fim de atingirmos a nossa plenitude.

Que este Grupo, Senhor, de irmãos queridos que trabalham na divulgação da Doutrina Espírita, clareando o teu Evangelho ao povo alemão, possa seguir o Teu caminho, sustentados no Teu amor. Que possam ter a fé e a coragem, não se deixando esmorecer pelas adversidades do caminho, tendo o Teu Evangelho como a bandeira maior.

Com a certeza de tua presenca entre nós, deixamos o nosso reconhecimento perante o teu coração amoroso e bom. Tu estás conosco e por isso seguimos o nosso caminho para atingirmos a redenção.

Sê conosco, Mestre Querido, ampara-nos e ilumina-nos.

Receba a prece do último dos teus servos, o teu Servidor Humílimo,

Bezerra de Menezes

(Mensagem psicofonica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos na cidade de Berlim, Alemanha, no dia 22 de janeiro de 2011)


Berlim - Alemanha


Divino e Amado Mestre Jesus,

Os nossos corações se unem numa só vibração de paz e harmonia, exorando a Sua presença entre nós.

Pedimos, Senhor, que as Suas bençãos de amor, de paz e de luz possam nos fortalecer em nossa caminhada rumo à luz.

Tem compaixão dos nossos erros. Estende a Tua mão dadivosa em favor dos Teus irmãos menores.

A nossa caminhada é cheia de espinhos, muitos são os atropelos e dificuldades, mas, arregimentados no Teu Evangelho de Amor, seguiremos a nossa estrada alcançando a nossa evolução.

Felizes estamos com esta oportunidade, agradecendo esta reunião de intensa harmonia.

Que as bençãos do Teu coração amoroso possam nos fortalecer hoje e sempre.

Receba, Mestre Incomparável, os nossos mais sinceros agradecimentos.

Do coração da pequenina serva de hoje e de sempre,

Irmã Scheilla

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos no dia 21 de janeiro de 2011 em Berlim, na Alemanha).


Stuttgart - Alemanha



Ainda ontem, na Terra, nos reunimos para comemorar o nascimento do Mestre Jesus. Enquanto a Humanidade, os chamados cristãos, relembrava o natalício d’Ele, O tínhamos conosco.

Urge, meus queridos e amados filhos, que possamos fazer com que Jesus se adentre em nossos corações.

Que Ele não apenas passe em determinados momentos de aflições e de dores, mas que seja o nosso estandarte para que sejamos os verdadeiros cristãos, levando onde quer que nos encontremos a Sua Mensagem de Amor. Não apenas por nossas palavras e atos, mas em todas as situações da nossa existência.

Urge, amados do meu coração, que possamos implantar na Terra o Reino de Regeneração.

Neste momento em que a Humanidade Terrestre se deblatera nas suas iniquidades, quando a criatura humana encontra-se envolta na busca do ter em detrimento do ser, precisamos vivenciar a Proposta Divina em nossas vidas, dando o exemplo a todos aqueles que convivem conosco.

Insertos em nossa família, no nosso meio profissional ou na sociedade, realizemos o trabalho que nos compete para que atinjamos a evolução necessária aos nossos espíritos.

Façamos algo em favor de nós mesmos e, consequentemente, dia após dia aprenderemos a fazer algo, também, em favor do nosso irmão.

Amemos incondicionalmente!

Desenvolvamos em nosso espírito o perdão!

Tenhamos compaixão diante das vicissitudes alheias!

Entendamos as criaturas que estão a nossa volta!

Respeitemos as escolhas de cada um em seus credos religiosos ou mesmo daqueles que não têm religião, porque o mais importante são as atitudes, é a vivência de cada criatura em seu dia-a-dia, buscando sua plenitude.

Desejamos aos queridos filhos e filhas do coração que, do Mais Alto, possam recair sobre os vossos corações as vibrações harmoniosas, as benesses do coração generoso do Nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo às Terras Alemãs o Seu concurso amigo, as Suas vibrações de paz e de harmonia que nos sustentam em nossa caminhada.

Arregimentai-vos, queridos meus. Essa é a proposta de trabalho que estais experimentando nestas terras, onde muitas vezes a Mensagem do Evangelho encontra-se muito distante. Com respeito, trabalharemos implantando paulatinamente nas mentes e nos corações a Verdade que está insculpida na consciência de cada criatura humana e que, no momento certo, eclodirá trazendo as benesses a todos aqueles que as desejem.

Estamos convosco na caminhada. Estamos juntos nesta tarefa de unificação de valores e de objetivos, para que, assim, o Evangelho Redentor, por meio da Doutrina Espírita, possa fincar os seus arraiais, levando alento e consolo a todos aqueles que dele necessitarem.

Unamos, nas Terras Alemãs, a ciência, a filosofia e a religião na proposta kardequiana. Que os grupos possam se fortalecer ajudando uns aos outros sem dissensões, sem desuniões, mas todos buscando falar a mesma língua, a Linguagem do Amor, para que o nosso trabalho possa crescer e frutificar cada vez mais.

Joguemos as sementes ao solo, aguardando o momento oportuno para recolhermos os seus frutos.

Recebam, queridos e amados do meu coração, o abraço paternal.

Do Servidor Humílimo de Jesus

Bezerra

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos, no dia 20 de janeiro de 2011, em Stuttgart, na Alemanha).



Karlsruhe - Alemanha


Queridos companheiros de ideal espírita, encontrando-me nas terras alemãs para realização do trabalho de divulgação da Doutrina Espirita tive a grata satisfação de visitar a cidade de Karlsruhe onde no ano de 1861 o espírito de Luoz escreveu bela página que está inserta em O Evangelho Segundo o Espiritismo, enviada ao Codificador pelos alemães de seu tempo.
Segue abaixo a mensagem referida do capítulo XXI – Haverá Falsos Cristos e Falsos Profetas.

Capítulo XXI – Haverá Falsos Cristos e Falsos Profetas
Jeremias e os Falsos Profetas

Eis o que diz o Senhor dos Exércitos: Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles publicam as visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor. – Dizem aos que de mim blasfemam: O Senhor o disse, tereis paz; e a todos os que andam na corrupção de seus corações: nenhum mal vos acontecerá. – Mas, qual entre eles assistiu ao conselho de Deus? Qual o que o viu e escutou o que ele disse? – Eu não enviava esses profetas; eles corriam por si mesmos, eu absolutamente não lhes falava; eles profetizavam de suas cabeças. – Eu ouvi o que disseram esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. – Até quando essa imaginação estará no coração dos que profetizam a mentira e cujas profecias nao são senão as seduções dos corações deles? Se, pois, este povo, ou um profeta, ou um sacerdote vos interrogar e disser: Qual o fardo do Senhor? Dir-lhe-eis: Vós mesmos sois os fardo e eu vos lançarei bem longe de mim, diz o Senhor. (Jeremias 23:16-18, 21, 25-26 e 33).

É dessa passagem do profeta Jeremias que quero trazer convosco, meus amigos. Falando pela sua boca diz Deus: “É a visão do coração deles que os faz falar”. Essas palavras claramente indicam que, já naquela época, os charlatães e os exaltados abusavam do dom de profecia e o exploravam. Abusavam, por conseguinte, da fé simples e quase cega do povo, predizendo, por dinheiro, coisas boas e agradáveis. Muito generalizada se achava essa espécie de fraude na nação judia, e fácil é de compreender-se que o pobre povo, em sua ignorância, nenhuma possibilidade tinha de distinguir os bons dos maus, sendo sempre mais ou menos ludibriados pelos pseudos profetas, que não passavam de impostores ou fanáticos. Nada há de mais significativo do que essas palavras: “Eu não enviei esses profetas e eles correram por si mesmos; não lhes falei e eles profetizaram”. Mais adiante, diz: “Eu ouvi esses profetas que profetizavam mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei”. Indicava assim um dos meios que eles entregavam para explorar a confiança de que eram objeto. A multidão sempre crédula não pensava em lhes contestar a veracidade dos sonhos, ou das visões; achava isso muito natural e constantemente os convidava a falar.
Após as palavras do profeta, escutai os sábios conselhos do apóstolo S. João, quando diz: “Não acrediteis em todo espírito: Experimentai se os espíritos são de Deus”, porque, entre os invisíveis, também há os que se comprazem em iludir, se se lhes depara ocasião. Os iludidos são, está-se a ver, os médiuns que se não precatam bastante. Aí se encontra, é fora de toda dúvida, um dos maiores escolhos em que muitos funestamente esbarram, mormente se são novatos no Espiritismo. É-lhes isso uma prova de que só com muita prudência podem triunfar. Aprendei, pois antes de tudo a distinguir os bons e os maus espíritos, para, por vossa vez, não vos tornardes falsos profetas. – Luoz, Espírito Protetor – Karlsruhe, 1861.

Munique - Alemanha


Minhas queridas e dedicadas irmãs,
Que o nosso Mestre do Amor possa abençoar os nossos corações.
É com grande alegria para o nosso espírito que nos encontramos reunidos nesta noite, trazendo às vossas almas as nossas vibrações de paz, de harmonia e de tranquilidade.
O avanco tecnológico, a ciência moderna e a busca das conquistas materiais alargam-se cada vez mais e é preciso, minhas queridas, que possamos fazer que o Evangelho do nosso Mestre Jesus se implante na Terra.
Necessitamos, cada um, fazermos a nossa parte, darmos a nossa contribuição para que, semeando as boas sementes, as flores possam frutificar mais tarde.
Nem sempre vemos os frutos das sementes que jogamos ao chão, mas o importante é semearmos, não importa quem os venha colher depois.
Façamos o trabalho que somos convidados a realizar.
Estejamos firmes e convictos em nossos melhores propósitos como tendes feito neste um ano de trabalho com Jesus à luz da nossa Amada Doutrina Espírita.
Saibam, queridas irmãs, que estamos sempre que possível ombro a ombro, lado a lado, fortalecendo nosso grupo para que se estabeleçam as bases seguras do Evangelho, não apenas por nossas palavras, mas também por nossas ações.
Não esmoreçam, continuem sob a tutela do nosso incomparável Mestre para que possamos estabelecer nas terras alemãs o Evangelho Redentor, trazendo de volta aos corações as lições do nosso Mestre Jesus.
Que do Mais Alto possam ser materializadas as nossas flores, caindo sobre os vossos corações, dando a cada uma segundo o seu merecimento, para a continuação da jornada que somos convidados a empreender.
Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça!
Um abraço carinhoso da irmã de hoje e de sempre,

Irmã Scheilla

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium e orador espírita Wellerson Santos em Munique, na Alemanha, no dia 17 de janeiro de 2011, por ocasião do aniversário do Grupo Fraterno Irmã Scheilla)











Entrevista: Rádio Boa Nova


Entrevista: Rádio Boa Nova
Programa - O Cristo Consolador
Entrevistador: Izoldino Rezende
Entrevistado: Wellerson Santos