II Entrevista: Divaldo Pereira Franco


Jesus: O Mestre do Amor

O tema de encerramento do IV Congresso Espírita Mineiro foi: Jesus - o Mestre do Amor, proferido pelo orador espírita Divaldo Pereira Franco. O conferencista analisou o mestre Jesus sob três aspectos: no contexto histórico, como psicoterapeuta e na atualidade. Iniciou a conferência lembrando Ernesto Renan, o filósofo e escritor francês, imortal na Academia de Letras da França, que escreveu um livro sobre Jesus dizendo que ele é um homem incomparável. “Concordo com isso. Jesus é o ser mais superior que o mundo conheceu. Ele é único”. – disse Divaldo. “Os dados históricos da passagem de Jesus pela Terra são muito sutis” - informou - “Entretanto, ele tornou-se o maior marco da história da humanidade”.

O orador baiano ainda ressaltou na vida de Jesus as curas por Ele realizadas, relatando algumas passagens evangélicas ao sabor de sua emoção. Jesus ensinou que quem ama não adoece e que a prática de bons sentimentos e a mudança de atitude mental proporciona a liberação de substâncias no organismo que promovem a saúde. “Isso não é milagre, é ciência. E Jesus já sabia disso há dois mil anos quando promovia as curas. São fatos que a neurociência, nos anos 80, veio a descobrir. Mas ele já sabia, afinal ele é o guia, o modelo da humanidade, o construtor da nossa Terra, portanto, é o seu administrador” - argumentou.

No transcorrer de sua conferência, Divaldo ainda citou o líder pacifista indiano, Gandhi, que dizia: “Se todas as obras da humanidade desaparecessem e ficassem apenas as doze linhas do Sermão da Montanha, seria suficiente para tornar a criatura feliz”. E Divaldo diz: “É este o Jesus que está voltando, que o Espiritismo traz. Não mais o Jesus crucificado. É esse Doce Amigo que vem até nós”.

Ao traçar um perfil dos tempos atuais, o orador descreveu que a humanidade está abarrotada de ciência, de tecnologia de ponta e de coisas desnecessárias, mas carente do essencial, que é a paz. Este é o grande momento histórico em que os céus descem a Terra através dos mensageiros por Jesus capitaneados para cantar o hino da imortalidade, aos ouvidos de todos os corações.

Ao final da palestra, emocionando a todos, Divaldo Pereira Franco ressalta o amor inefável de Jesus pela humanidade, declamando o poema de Amélia Rodrigues: Obrigado Senhor!

O orador baiano completou 81 anos de idade e 61 anos de mediunidade com Jesus. Já psicografou mais de 211 autores espirituais, cerca de 200 livros, com mais de 7,5 milhões de exemplares vendidos. Como orador já fez mais de 11000 palestras em 62 países espalhados pelo nosso Planeta. É comparado pela escritora Ana Maria Spranger como o Paulo de Tarso de nossos dias. Suely Caldas Schubert o chamou de Semeador de Estrelas. Este é o nosso querido Divaldo.



Wellerson Santos (Wellerson): Jesus, o ser mais biografado da Humanidade, tem muitos fatos de sua vida discutidos pelos estudiosos, um deles é a forma de sua concepção. O que tem a dizer a Doutrina Espírita em relação à virgindade de Maria e ao nascimento de Jesus?
Divaldo Pereira Franco (Divaldo):
Allan Kardec, em A Gênese, abordando os milagres e a vida de Jesus, refere-se que Ele era portador de um corpo carnal e por isto mesmo Sua vida foi perfeitamente normal e natural.

Wellerson: No livro A Gênese, em sua quarta parte, Allan Kardec traça diversas possibilidades para explicar as Bodas de Caná. Uma das hipóteses é de que este acontecimento não seja um fato real e sim uma parábola contada por Ele. O que o senhor pensa a respeito disso? Quais foram os recursos que Jesus se utilizou para transformar a água em vinho?
Divaldo:
É compreensível que muitos dos fenômenos a esse semelhantes e que se encontram nos Evangelhos entrem para a galeria dos mitos. No entanto, conhecendo hoje a lei dos fluidos mais do que na época do Egrégio Codificador, eu acredito que aquele fato ocorreu conforme se encontra narrado. Não, acredito, porém, que a substância apresentasse qualquer teor alcoólico, mas sim um sabor agradável, que produziu, naqueles que se beneficiaram, uma satisfação tão grande, que os mesmos comentaram que normalmente se servia o melhor vinho no começo, deixando-se para depois aquele de pior qualidade.

Wellerson: Pelo que se tem notícias Joanna de Ângelis viveu na época de Jesus como Joana de Cusa. O senhor tem informações se ela teve ou tem algum contato direto com Jesus no Plano Espiritual?
Divaldo:
Pessoalmente, acredito que sim, mesmo porque depois do seu devotamento e do sacrifício da própria vida na condição de mártir, estabeleceu-se uma vinculação afetuosa muito grande e mais profunda entre ela e o Mestre. Penso que, como efeito, essa vinculação prossiga no mundo espiritual, guardadas as imensas distâncias que existem entre uma e o Outro.

Wellerson: Amélia Rodrigues, Espírito, muitas vezes narra fatos que não estão em sua totalidade no Evangelho. Ela teria vivido à época de Jesus?
Divaldo:
Ela me disse que tem por hábito consultar as anotações sobre a vida de Jesus existentes no mundo espiritual e toma conhecimento dos estudos que são feitos por Espíritos iluminados, alguns dos quais foram contemporâneos de Jesus.

Wellerson: Gostaríamos de saber se quando o senhor psicografa essas mensagens consegue registrar psiquicamente os fatos que são narrados por ela? Teria algum fato para narrar-nos?
Divaldo:
Quando psicografo alguns Benfeitores, na maioria das vezes, ocorre o fenômeno da ideoplastia, isto é, as cenas condensam-se na minha mente e posso vê-las. No começo, quando iniciei as primeiras atividades de divulgação doutrinária, que tinham o caráter de narração evangélica, eu via todas as cenas que buscava descrever com a maior fidelidade possível, embora me faltasse vocabulário próprio para tanto. Ainda continua essa ocorrência, hoje mais fácil em decorrência da larga experiência descritiva. Quando eu tive a oportunidade de visitar a Palestina, procurei conferir as lembranças com as paisagens diante dos meus olhos e experimentei incontida alegria por constatar que as conhecia.O mesmo fenômeno aconteceu-me quando psicografei o livro Párias em Redenção, ditado pelo Espírito Victor Hugo, o que me causou agradável surpresa. Quando terminava a escrita e ia ler a página verificava que era tudo quanto houvera acompanhado, com a diferença de que a visão era mais rica do que a descrição, que se apresentava sintética para a leitura.

Wellerson: Ao terceiro dia, quando Madalena foi visitar o sepulcro do Mestre, a pedra do túmulo estava afastada e o corpo dEle não estava lá. Qual a opinião da Doutrina Espírita em relação ao desaparecimento do corpo de Jesus?
Divaldo:
É muita complexa. Porque o próprio Kardec, em sua extraordinária obra A Gênese, fazendo uma análise do desaparecimento do corpo de Jesus do túmulo, não conclui elucidando o que realmente aconteceu. Ele faz a abordagem clara a respeito do corpo, Seu corpo material. Oportunamente, estando em Uberaba e ouvindo o venerando médium Chico Xavier abordar a questão, anotei a sua informação de que teria ocorrido uma implosão através da qual houve a sua desintegração.

Wellerson: Qual é a mensagem que o senhor deixa para os internautas?
Divaldo:
A minha é uma mensagem de esperança, de alegria de viver, de perfeita sintonia com a proposta doutrinária do Espiritismo. Amando, servindo e passando adiante, encontramos os objetivos essenciais. Sugiro que ninguém seja inimigo de outrem, mesmo que tenha muitos inimigos. Cabe-nos a todos buscar ser aquele que ama, e nessa condição, tornar-se o que compreende, que ajuda e constrói o mundo novo do amanhã.
Wellerson Santos
(Foto: Lincoln Junio de Oliveira Macedo – Entrevista publicada no jornal Evangelho e Ação – Órgão de Divulgação da Fraternidade Espírita Irmão Glacus).

2 comentários:

  1. Maria Cristina Antunes Braga
    É difícil descrever a sensação de ALEGRIA, PAZ e ESPERANÇA que VOCÊS nos fazem "viver"!
    Obrigada de todo coração e saibam que desde meu primeiro dia na Doutrina Espírita nunca mais estacionei, sinto que melhoro a cada dia. Contem com a minha participação na ELEVAÇÃO do psiquismo que venha fortalecer hoje e sempre a caminhada rumo a MELHORIA DE TODOS NÓS. SAÚDE, PAZ, ALEGRIA.

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  2. Wellerson, vc me perguntou como descobri seu contato, foi através deste blog.
    Parabéns pela entrevista, com o Divaldo.
    Paz a todos,

    Daniel

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